Desde o dia 27 de dezembro, uma operação de fiscalização intensa está sendo realizada no entorno do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, na zona Sul do Estado. A atividade tem o apoio do helicóptero do Ibama e visa coibir atividades como pesca e plantio ilegal de pinus.
Além disso, segundo a chefe da Unidade de Conservação, Maria Tereza Queiroz Melo, estão sendo monitoradas lavouras de arroz e verificadas denúncias de drenagem de banhados.
Já no início da operação foi flagrado o beneficiamento irregular de camarão rosa (que está na época do defeso) em uma propriedade no município de Tavares. O produto (cerca de 130 quilos) retirado da Lagoa do Peixe foi doado para os moradores da Vila da Antena, naquele município. Na quarta-feira (09/01) foi realizado um novo sobrevôo para continuar a fiscalização do camarão. A atividade teve a participação de agentes da Polícia Federal.
Paralelamente às ações de fiscalização, os servidores do Parque (com apoio de soldados da Brigada Militar) realizaram na terça a primeira medição do camarão rosa em um ponto da Lagoa do Peixe. Segundo o técnico Jordano Pires Lopes, pelo menos outras duas ou três medições serão realizadas até que o camarão atinja o tamanho ideal (nove centímetros) pra que a pesca artesanal seja liberada.
Lavouras de arroz
Segundo a chefe do Parque, a fiscalização de lavouras de arroz e plantios irregulares de pinus teve o apoio de técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Eles observam nestas saídas de campo, a preparação das lavouras em áreas de difícil acesso e possíveis irregularidades como drenagem de banhados e abertura de canais nas áreas no entorno do parque.
Após a fiscalização (também com apoio do helicóptero do Ibama), as técnicas vão verificar através de fotos e das coordenadas (GPS) se as atividades estão dentro das áreas licenciadas, para então definir sobre a aplicação ou não de multas. Segundo Maria Tereza, também será feito um relato das atividades de fiscalização ao Ministério Público Federal, que apresentou algumas demandas.
Durante estes sobrevôos, os técnicos do Parque observam também se nesta época estão sendo construídas moradias (irregulares) no entorno ou dentro do Parque (próximo aos balneários da região) e fazem o monitoramento dos ninhais já que é período de reprodução de várias espécies de aves da região como o cisne de pescoço preto, o cisne branco, maçaricos e cegonhas (joão-grande).
(Ascom Ibama, 10/01/2008)