Decreto de Yeda prevê a liberação de verba para novos açudes
Para tentar reduzir as perdas no campo com uma eventual estiagem, a governadora Yeda Crusius deve assinar hoje (10) um decreto que desencadeia uma série de medidas preventivas, entre as quais a liberação de recursos.
O governo vai decretar estado de calamidade pública potencial e situação de emergência, numa tentativa de se antecipar aos possíveis danos às lavouras provocados pela expectativa de chuvas insuficientes devido ao fenômeno La Niña. O texto, que ontem ainda estava na Casa Civil, para formatação jurídica, prevê ações conjuntas de várias áreas do governo, informou o secretário Rogério Porto, da Secretaria Extraordinária de Irrigação e Usos Múltiplos da Água.
A principal medida é a abertura de micro-açudes (menos de cinco hectares) e açudes de pequeno porte, com equipamentos do Departamento de Comando Mecanizado, da Secretaria de Agricultura e de prefeituras. A Emater ficará responsável pela parte técnica dos projetos e terá ainda a participação da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária, que integra o Centro de Meteorologia Aplicada.
Segundo o secretário, inicialmente serão investidos de R$ 3 milhões do caixa do Estado, mas o governo conta com outros R$ 10 milhões, recursos que constariam no Orçamento da União do ano passado, em emenda da bancada gaúcha, embora até agora não tenham sido sequer empenhados. Porto disse que o custo de um micro-açude para a iniciativa privada é de R$ 2 mil e que um hectare irriga 10 a 12 hectares, desde que com uma boa fonte.
O La Niña, fenômeno que combina longos período sem chuvas e altas temperaturas, é o grande risco para as lavouras gaúchas, sobretudo para a soja, cujo período crítico de desenvolvimento é em janeiro e fevereiro.
(Zero Hora, 10/01/2008)