O presidente do Grupo CEEE, Delson Martini, afirmou ontem (09) que a situação, embora não seja de racionamento no Estado, "é um cenário que inspira muitos cuidados". Por isso, o executivo alertou para a necessidade de a população começar a pensar no uso racional da energia.
Em 2007, o consumo bateu recordes no Rio Grande do Sul. No segmento residencial, responsável por 23% do total da energia consumida no Estado, houve crescimento de 7,4% no ano passado, em relação a 2006.
Martini disse que por fazer parte do sistema interligado de energia do país, o Rio Grande do Sul pode enfrentar racionamento até 2010, caso o índice de chuvas não retorne à normalidade ao longo deste ano.
O presidente da estatal lembrou que em 2001 o Estado não foi afetado pelo apagão porque não havia linhas de transmissão com os sistemas do Sudeste e Centro-Oeste. Nos últimos anos, essa ligação foi feita. Se houver racionamento, portanto, os gaúchos também sofrerão com a medida.
O executivo ainda atribui os riscos de apagão a baixos investimentos na infra-estrutura energética:
- Além disso, focou-se muito em fontes alternativas, como o gás natural. Com a redução do gás produzido na Bolívia, as geradoras estão operando abaixo da capacidade.
No Estado, a termelétrica a gás de Uruguaiana opera com potência de 250 MW, a metade de sua capacidade. A TermoCanoas, com capacidade para 160 MW, está em testes para operar também com óleo.
(Zero Hora, 10/01/2008)