Canoas - As altas temperaturas registradas nos meses de janeiro e fevereiro pedem atenção redobrada dos canoenses ao se depararem com enxames de abelhas. "Neste período, os insetos tornam-se agressivos pelo calor excessivo e a falta de alimento pois não há floração", observa o apicultor Levi Alves de Lima. Conforme o 8º Comando Regional de Bombeiros de Canoas, desde o mês de dezembro são registrados cerca de 6 casos/dia para retirada dos insetos. Apesar das ocorrências não serem de ataques, os policiais militares pedem que a população não tente mexer nos enxames sem orientações técnicas.
"Existem formas e horários indicados para a retirada, evitando acidentes e o perigo de picadas em massa", alerta o sargento encarregado da sala de operações, Maurício Ezequiel da Silva. Segundo ele, no verão é comum este tipo de invasão já que as abelhas estão em período de povoamento das colméias. "Geralmente elas vem e ficam de dois a três dias em determinados locais. Como a retirada sem técnica é perigosa, temos o cadastro de apicultores que atendem cada região da cidade. O serviço não é cobrado já que eles ficam com o material coletado"
As abelhas e o verão
O períodos de maior aparição de enxames são os meses de novembro e dezembro;
Em janeiro, 95% das abelhas já estão com suas colméias formadas; Nos meses de janeiro e fevereiro, os insetos ficam mais agressivas em função do calor e da falta de alimento, pois não há floração;
Os insetos são protegidos pelo Ibama, por isso não podem ser exterminados.
Havendo picada deve-se passar álcool no local ou compressas com gelo para retirada do ferrão;
Em caso de alergia a pessoa sentirá calor excessivo, a garganta começa a fechar e a cor da pele fica com manchas avermelhadas. A indicação é buscar atendimento médico imediato.
Pessoas alérgicas a penicilina, geralmente, são também alérgicas as abelhas. O inseto contém parte dos princípios ativos do medicamento.
Para evitar ataques
As abelhas precisam ser retiradas com cautela. Os profissionais mais indicados são os apicultores, que por sua experiência com estes insetos sabem a forma de chegar e tirá-las.
A técnica mais utilizada é o uso da fumaça, para que elas se retirem das colméias e acabam abandonando o local. O uso de fogo e querosene não são indicados pelos riscos que oferecem;
A retirada é feita geralmente à noite para evitar que os bichos se alvorotem, evitando picadas em massa;
As pessoas não devem passar muito perto de enxames e colméias, deixar animais soltos, capinar ou executar nenhum trabalho próximo para chamar a atenção ou irritar as abelhas.
(Por Cláudia Boff, Diário de Canoas, 08/01/2008)