Nível estava 36 centímetros a menos do que a cota média. Fenômeno não compromete a navegação
O nível do Guaíba estava ontem (08) 36 centímetros abaixo da cota média anual, que é de 84 centímetros. O fenômeno, porém, não compromete a navegação, tendo em vista que o nível total do manancial era de 6 metros e 48 centímetros, sendo 6 metros abaixo da regra hidrográfica. 'A situação é absolutamente normal', atestou o engenheiro Hermes Vargas, chefe da Divisão de Estudos e Projetos da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). Apesar de o quadro estar dentro da normalidade, já é possível observar a formação de um banco de areia na direção do Cais Mauá.
O fenômeno pode ser observado no alto dos edifícios com vista para o manancial, onde o ângulo de visão é espetacular. No entendimento de Vargas, o aparecimento de bancos de areia no Guaíba é comum nos meses de verão.
Porém, o rio Gravataí registrou, nos últimos três dias, marcas próximas a 1,2 metro acima do nível do mar na Estação de Tratamento de Água da Corsan, em Alvorada. O Gravataí sinaliza a marca de 1,25 metro. Na medição da Corsan de Gravataí, o rio está mais baixo, com volume de 50 centímetros, mas não ameaça o abastecimento das lavouras da região e da população. Se o volume baixar de 1 metro, é estabelecido o nível de alerta e o consumo da água utilizada para indústrias e plantações passa a funcionar no sistema de rodízio.
O abastecimento, com o rodízio, é feito três dias e suspenso nos dois seguintes, até que o rio ultrapasse 1 metro. Para o consumo da população, o fornecimento somente é suspenso se o manancial atingir menos de 50 centímetros abaixo do nível do mar. Ainda em janeiro, a prefeitura coordenará a realização de um mutirão de limpeza no rio Gravataí. O objetivo é retirar do leito e da margem do manacial o lixo e outros detritos que prejudiquem as águas, a flora e a fauna local.
(Correio do Povo, 09/01/2008)