O secretário de Saúde do Distrito Federal, José Geraldo Maciel, confirmou a morte ontem (8) de Graco Carvalho Abubakir, 38 anos, que estava internado em estado grave desde o dia 4 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Luzia, em Brasília, por suspeita de febre amarela.
Segundo o secretário, existem fortes suspeitas de que a morte esteja relacionada à doença. “O paciente internado no Santa Luzia tem indicações muito fortes [de febre amarela], mas os exames só saem de seis a oito dias”, explicou Maciel.
A principal hipótese, segundo a Secretaria de Saúde, é que Graco tenha adquirido a doença em Pirenópolis (GO), onde foi passar as festas de fim de ano. Esse é o terceiro caso de suspeita de febre amarela em humanos no DF nos últimos dias.
No sábado (5), um homem de 34 anos morador da cidade de São Sebastião, a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília, morreu no Hospital Regional da Asa Norte, no centro de Brasília, com sintomas da doença. No mesmo dia, uma mulher de 29 anos, que vive na zona rural do Entorno de Brasília, deu entrada no Hospital Regional de Sobradinho (DF) com suspeita da doença.
Apesar das suspeitas, o secretário de Saúde do DF descarta, por enquanto, que esses dois casos estejam relacionados à doença. “Os primeiros sinais no paciente de São Sebastião não indicam febre amarela, mas a suspeita ainda não está descartada”, disse Maciel. Os resultados do paciente de São Sebastião devem sair em três ou quatro dias.
Em relação à paciente internada em Sobradinho, o secretário afirmou que os sintomas não indicam febre amarela, mas leishmaniose visceral, doença também transmitida por mosquitos.
Os exames para detectar febre amarela em seres humanos estão sendo realizados no Laboratório Central da Secretaria de Saúde em Brasília. Os exames em macacos estão sendo realizados em Belém (PA) e no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
(Por Mariana Jungmann,
Agência Brasil, 08/01/2008)