Uma operação integrada envolvendo o Centro de Recursos Ambientais (CRA-BA), através da sua Coordenação de Fiscalização Ambiental e Atendimento de Emergência (Cofisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); a Polícia Civil, Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA) e Capitania dos Portos conclui a segunda etapa da Operação Carapeba que fiscaliza a pesca predatória na Baía de Todos os Santos.

A primeira etapa da operação aconteceu entre os dias 17 e 22 de dezembro/2007, em várias praias que banham a BTS, quando foram feitas apreensões de equipamentos, artefatos de pesca e 12 explosivos, além da apreensão de cerca de 90 kg de peixes, doados, pelo Ibama, ao Hospital Geral de Itaparica. Com fiscalizações planejadas, os técnicos e agentes atuaram conjuntamente utilizando-se de duas lanchas e um helicóptero, com a intenção de coibir a pesca com bomba.

Em algumas campanas como a realizada em trechos do Rio Paraguaçu, próximo à São Roque e a Ilha de Monte Cristo foram recolhidos artefatos como espingardas artesanais, bombas e espoletas além de canoas, óculos de mergulho e sulambos, uma espécie de gereré. Na oportunidade, os pescadores e mergulhadores foram advertidos, porém, não houve detenções. Os técnicos da Fiscalização do CRA, Jorge Salomão e Luana Pimentel, informaram que a atuação dos órgãos fiscalizadores tanto na esfera federal – Ibama - como estadual – CRA - é fundamental para alertar aos pescadores e mergulhadores de que há um monitoramento constante na Baía de Todos os Santos.

Segundo o superintendente do Ibama, Célio Costa Pinto, a operação integrada demonstra que há um esforço conjunto das instituições voltadas para a BTS. A pesca com bomba será coibida com o esforço de todos, pois, além de ilegal agride a natureza e polui as águas da baía e dos rios do seu entorno.

Para Carla Fabíola, coordenadora da Fiscalização Ambiental do CRA, a ação conjunta não só deve ser feita na repressão direta aos bombistas, mas também em ações de educação ambiental e alternativas sócio-econômicas aos pescadores e marisqueiras da BTS, observou.  
  
(Ascom CRA-BA, 07/01/2008)