O juiz Fernando Nóbrega da Silva, da Comarca de Capixaba, mandou prender por poluição atmosférica (crime ambiental) o advogado Ildefonso de Souza Menezes, de 57 anos. Ele é natural de Jataí (GO), mas reside no Acre há mais de três décadas.
No ato da prisão, no dia 4 por volta das 9h45, o advogado disse desconhecer os motivos. Conforme Ildefonso Menezes, há cerca de dois anos foi intimado a prestar esclarecimentos ao Ministério Público, na cidade de Brasiléia, pela queima de um hectare de terra, que segundo ele, não está localizada em sua propriedade.
Ildefonso Menezes também é suspeito de provocar queimadas em terras da região, que teriam motivado a morte de uma pessoa. Pela poluição que teria causado, o advogado foi enquadrado no art. 41 da Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre provocar incêndio em mata ou floresta.
Caso Ildefonso Menezes seja condenado pelo crime poderá pegar de dois a quatro anos de reclusão e multa. O advogado foi preso no Centro de Rio Branco, pelo Grupo Especial de Capturas da Polícia Civil, quinta-feira (03/01) de manhã e não ofereceu resistência no momento da abordagem policial.
Preso, Ildefonso Menezes acabou levado para a sede do Grupo de Capturas (Sobral). Depois de falar com os jornalistas que cobriam a operação policial ele foi conduzido ao IML para os exames de corpo de delito e em seguida recolhido ao presídio Francisco Conde, onde vai aguardar pronunciamento judicial.
(Por Pedro Paulo, A Gazeta, 05/01/2008)