A Associação Britânica para Enxaqueca acaba de divulgar um documento que aponta um possível elo entre enxaquecas e convulsões e o uso das lâmpadas eletrônicas, ao mesmo tempo em que o governo propõe a extinção das lâmpadas comuns até o ano de 2011.
As enxaquecas podem ser desencadeadas por muitos fatores diferentes: alimentação, uso de álcool ou estímulos luminosos. Chocolate, vinho tinto, luzes fortes e ruídos muito intensos estão entre os gatilhos mais comuns para enxaqueca.
O alerta sobre enxaqueca e convulsões induzidas pelas lâmpadas eletrônicas segue observações de neurologistas em sua prática diária. Muitos especialistas relatam que seus pacientes queixam-se de dores de cabeça e até mesmo de crises convulsivas causadas pela exposição à esse tipo de iluminação.
O barato sai caro? As lâmpadas eletrônicas se tornaram um sucesso por causa da economia no gasto de energia e, em tempos de aquecimento global, são preferidas justamente por pesarem menos na matriz energética mundial. Os modelos atuais são quatro vezes mais eficientes e duram dez vezes mais do que as lâmpadas incandescentes, que estão entre nós desde o século 19.
A base fisiológica para o elo com a enxaqueca baseia-se no fato de que as lâmpadas eletrônicas, diferentemente das tradicionais, apresentam uma luz que cicla em freqüências muitas altas. Isso quer dizer que essas lâmpadas “piscam” em uma velocidade que normalmente não é percebida pelo olho humano.
O problema estaria no fato de que certas pessoas seriam sensíveis a essas freqüências de oscilação da luz, podendo assim deflagrar crises de enxaqueca ou convulsões. O efeito seria o mesmo sentido por essas pessoas quando expostas a luz estroboscópica em festas ou shows.
A economia conseguida com as lâmpadas eletrônicas é muito importante para as pessoas e para a natureza. Porém, os que se mostrarem sensíveis a esse tipo de iluminação devem avaliar o risco e o benefício de seu uso.
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Ambiente Brasil, 07/01/2008)