Após um ano marcado por divergências entre técnicos, ambientalistas e o setor da construção civil, a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental promete novos desdobramentos nos primeiros meses deste ano. Sob responsabilidade de uma comissão especial formada por vereadores e de um fórum de entidades, a discussão em torno de possíveis alterações deverá se estender até março. Embora ainda não esteja concluída, uma das possibilidades é a inclusão de compensações tributárias aos edifícios que adotarem medidas de economia de energia e usar fontes renováveis.
Coordenadora do Fórum das Entidades, que congrega mais de 40 entidades representativas da população, a vereadora Neuza Canabarro (PDT) destaca que neste mês de janeiro serão realizadas reuniões nos dias 9, 16, e 23. 'Nesta fase os vereadores não falam, apenas ouvimos a opinião da população', disse. A vereadora afirma que ainda é cedo para apontar mudanças concretas no projeto original. No entanto, ela adianta que uma das opções é o incentivo a edifícios sustentáveis.
Uma possibilidade a ser incluída na revisão do Plano Diretor prevê a implantação de sistemas de aproveitamento de energia solar para o aquecimento de parte da água quente consumida pela edificação. Outra sugestão é o uso de caixas coletoras para captar água da chuva nas superfícies dos prédios. 'Dessa forma, a prefeitura concederia incentivos aos condôminos, como redução do imposto predial', explicou a vereadora Neusa Canabarro, que apontou pontos do Plano Diretor elaborado em São Paulo para serem adotados por Porto Alegre.
(Correio do Povo, 07/01/2008)