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sustentabilidade
2008-01-07

Tão em voga nos últimos tempos, o conceito de desenvolvimento sustentável tem sido propalado por governantes e empresas, que pregam o crescimento econômico com responsabilidade social e ambiental. As ferramentas empregadas para o alcance desse objetivo são diversas, indo desde ações operacionais, como a utilização de materiais menos poluentes, até projetos de responsabilidade social, que promovem diálogo direto com a comunidade a ser beneficiada.
 
Se as alternativas são abrangentes, diversos segmentos do saber podem dar a sua contribuição. A contabilidade é um deles. Na USP, pesquisadores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) têm desenvolvido estudos na área de contabilidade ambiental, que atua justamente nesse sentido.

A professora Maisa de Souza Ribeiro, do Departamento de Contabilidade da FEARP, explica que a contabilidade ambiental “não necessariamente cria algo novo” – e sim tem como meta ser uma fonte de informações específicas para as empresas que queiram pensar em desenvolvimento sustentável.
 
“A ambição da contabilidade ambiental é produzir informações que sejam importantes para os processos decisórios das empresas”, aponta a docente.
 
Para isso, os contadores atuam dentro dos setores das empresas designados para o pensar em desenvolvimento sustentável. Esses setores, como explica Maisa Ribeiro, são essencialmente multidisciplinares, já que o pensar em responsabilidade social e ambiental é algo inerente a diversos ramos do conhecimento. O contador cuida dos aspectos econômico-financeiros relativos às ações nesse campo; quantificando, por exemplo, os gastos das empresas com os projetos sociais, o quanto vem sido economizado (ou desperdiçado) com projetos relativos ao meio ambiente, indicando possíveis fontes de aumento de eficácia nos trabalhos sociais e assim por diante. 

Nascimento

É no final da década de 1980, segundo Maisa, que a contabilidade ambiental aparece para o mundo. Um projeto da Organização das Nações Unidas (ONU) datado de 1989 mapeou práticas contábeis ambientais em diversos países e constatou que o que se fazia nesse sentido, em termos globais, ainda era incipiente perto na necessidade maior que o tema determinava.
 
Nascia, ali, um estímulo para a disseminação da contabilidade ambiental – que ocorria numa esteira mais ampla, que sugeria o pensar em meio ambiente em diversas esferas.
 
Os avanços que se verifica daquela época para os dias atuais, segundo Maisa, são significativos; mas ainda assim, há uma carência de saber para a área. “No Brasil, ainda se produz muito pouco sobre a contabilidade ambiental. Porém, esse pouco que se produz aqui está no mesmo nível do que é feito em outros países, inclusive os desenvolvidos. A falha é global”, destaca a docente.
 
Há, portanto, espaço para que o Brasil desenvolva um certo pioneirismo no tema. O que se intensifica se pensarmos que os olhos do mundo se voltaram para nosso país nos últimos anos, com as discussões sobre biodiesel e etanol. “Há todo um novo mercado que, indiscutivelmente, poderia ser pensado também sob o ponto de vista contábil”, resume a professora.
 
Na Universidade

“A procura dos alunos sobre esse assunto tem sido cada vez maior”, afirma Maisa. A professora aponta que, em termos profissionais, a contabilidade ambiental pode ser uma boa alternativa para os estudantes de ciências contábeis, já que a demanda pelo tema tende ao crescimento nos próximos anos.
 
Para que um aluno se especialize em contabilidade ambiental, Maisa sugere que ele pense nisso ainda durante a graduação, se matriculando em disciplinas correlatas à área, e que elabore um trabalho de conclusão de curso relativo ao tema. Na pós-graduação, nos níveis de mestrado e doutorado, a estratégia é semelhante. O trabalho de livre-docência da professora, apresentado em 2005, é sobre o assunto. O título do texto é O tratamento contábil dos créditos de carbono.
 
Além da FEARP, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da capital também mantém estudos sobre contabilidade ambiental. 

(Por Olavo Soares, Agência USP, 04/01/2008)


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