O Brasil está entre os 31 países que apoiaram um protesto diplomático formal contra a caça às baleias promovida pelo Japão, segundo informações da organização não-governamental Greenpeace. O protesto, liderado pelo governo da Austrália, foi entregue pelo embaixador australiano ao governo japonês, em Tóquio.
Atualmente, o Japão argumenta que a caça é “científica”, mas os países conservacionistas afirmam que não há justificativa para a prática.
De acordo com nota divulgada pela organização, este foi o maior protesto internacional feito até agora contra o programa japonês de caça às baleias. A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores confirmou a adesão do Brasil ao protesto no final de dezembro e informou que este é o terceiro ano consecutivo de ação internacional sobre o assunto.
O Greenpeace informou também que neste ano o Japão pretende caçar quase mil baleias somente no Oceano Antártico, onde está um dos santuários destes animais – o outro fica no Oceano Índico e um terceiro está sendo reivindicado por países conservacionistas no Atlântico Sul.
Ainda de acordo com a organização, o programa de caça japonês causa prejuízo à industria australiana de turismo de observação de baleias, que movimenta mais de US$ 300 milhões por ano.
Além do Brasil, também apoiaram a Austrália no protesto Argentina, Áustria, Bélgica, Chile, Comissão Européia, Costa Rica, Croácia, República Tcheca, Equador, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Luxemburgo, México, Mônaco, Holanda, Nova Zelândia, Portugal, San Marino, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Reino Unido e Uruguai.
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Ambiente Brasil, 05/01/2008)