Rio Grande - A Ecosul, concessionária da BR-392, assegurou que iniciará na próxima semana a limpeza mecânica a seco do trecho próximo à Refinaria Ipiranga, onde tem sido derramada uréia, um dos componentes dos fertilizantes. O material será recolhido e levado para análise. Também será feita a correção da pista com um pequeno revestimento asfáltico e, depois, reparos na sinalização horizontal. Isso tudo deverá ocorrer dentro de 20 dias.
O anúncio foi feito ontem em mais uma reunião na prefeitura para tratar do assunto. Os participantes chegaram à conclusão de que, ao contratar os caminhões para transporte, os operadores portuários deverão exigir segurança e não contratar quem estiver irregular. O representante da Polícia Rodoviária Federal (PRF) falou da necessidade de ser construída uma rótula nas proximidades da Ipiranga e do bairro Santa Tereza. Ao mesmo tempo informou que sua corporação reforçará a fiscalização na rodovia e recolherá para o depósito, com a carga, os caminhões que estiverem em más condições.
Naquele trecho, localizado próximo ao Porto Novo, ocorrem inúmeros acidentes por causa do produto derramado na pista. O secretário da Segurança, dos Transportes e do Trânsito, Enoc Guimarães, disse que a falta de iluminação na rodovia também é um dos fatores que contribuem para acidentes. Lembrou que as lâmpadas na estrada da Barra haviam sido colocadas pela prefeitura em parceria com empresas privadas, mas que o furto de fios chegou a tal ponto que ficou inviável ao Poder Público repô-los durante o dia para serem novamente furtados à noite.
Para ele, seria importante uma nova parceria da prefeitura com a iniciativa privada para a colocação de câmeras de monitoramento na rodovia. A instalada junto à empresa Quip, que monta a plataforma P-53, já pode ser acionada para monitorar o trecho até a curva do bairro Getúlio Vargas. “Havendo monitoramento na rodovia a prefeitura faria novamente a iluminação e a Ecosul a sinalização da estrada”, afirmou. “Assim a Brigada Militar poderia também monitorar os caminhões que estivessem com a carga vazando, identificá-los e tomar as providências necessárias.”
ControleOs representantes da Superintendência do Porto (SUPRG) adiantaram que providências já estão sendo tomadas no sentido de evitar que os caminhões saiam do cais com a carga derramando. “Se estiver vazando no interior do porto o caminhão não sai”, revelou o assessor ambiental do órgão, Celso Elias Corradi.
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Diário Popular, 04/01/2008)