Força-tarefa está vistoriando casas no balneário Rincão, no Sul do Estado
Um força-tarefa no balneário Rincão, em Içara, no Sul do Estado, mobilizou, na manhã de ontem, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), a Fundação do Meio Ambiente de Içara (Fundai) e a Vigilância Sanitária. Mais de 1,5 quilômetro do arroio que desemboca no mar foi percorrido pelos técnicos. Foram notificadas 26 casas que despejam na água o esgoto domiciliar sem tratamento.
A operação começou às 8h30 e terminou às 12 horas. Quatro funcionários da Prefeitura de Içara, vestidos com macacões, botas e luvas, lacraram os canos e notificaram os donos das casas. De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária, Vamilson Pacheco, são casos como esses que justificam a poluição na área central do balneário.
“Orientamos os moradores a instalarem fossas, sumidouros e filtros, investir no sistema sanitário da casa. É uma pena que em 2008 ainda haja pessoas com essa mentalidade, de despejar dejetos no córrego”, lamenta Pacheco. Na próxima semana, a equipe de fiscalização retornará ao local para constatar se houve mudanças.
Cada morador notificado tem o prazo de 48 horas para regularizar a situação. Caso contrário, está sujeito a multas que variam de R$ 50,00 a R$ 4 mil. O secretário de Saúde da cidade, Walmor Rosso, garante que mais ações de combate à poluição serão organizadas para conscientizar.
Conforme técnicos da Prefeitura, um sistema sanitário para cinco moradores, em média, custa R$ 500,00. E a cada temporada de veraneio é necessário fazer a limpeza do sistema. O fiscal da Vigilância Sanitária Gilmar Ghislandi participa de forças-tarefas há sete anos e observa melhora na limpeza do arroio: “Temos uma lei municipal para regulamentar a situação. Acredito também que a limpeza da lagoa do Jacaré contribuiu para a redução do mau cheiro no córrego. Quem comete essas irregularidades são os moradores de casas mais antigas, que não sofriam fiscalização rigorosa.”
O Samae também fez coleta de cinco amostras de água em pontos diferentes do arroio. O material será submetido à análise de coliformes fecais e demais agentes causadores de doenças.
(A Notícia, 04/01/2008)