A presença da elefanta de um circo na cidade de Mairinque (66 km a oeste de São Paulo) causou confusão nesta quarta-feira (2), após uma denúncia de maus-tratos.
O animal estava em um galpão desativado da prefeitura da cidade desde o início de dezembro, quando o circo Stankowich, proprietário do animal, chegou à cidade. Segundo o depoimento dos responsáveis pela atração, o circo iria de Mairinque para Sorocaba, onde não são permitidas apresentações de animais neste tipo de espetáculo.
Para solucionar o problema, o circo pediu à prefeitura para que o animal ficasse "hospedado" no local até que o circo saísse de Sorocaba. Dois tratadores do animal ficaram em um trailer no galpão enquanto durasse a temporada de Rana na cidade.
A confusão começou quando uma mulher que se declarou funcionária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de São Paulo denunciou à Polícia Ambiental e à Guarda Municipal da cidade que o animal sofria maus-tratos e estava sem água e comida. Segundo a Guarda, o animal já estava sendo retirado da cidade quando a mulher chegou, mas ela teria tentado impedir a saída de Rana com seu carro.
Polícia e Guarda Municipal foram ao local, onde avaliaram as condições do animal. De acordo com a Guarda, não foram constatados maus-tratos ao elefante e o circo tinha toda a documentação do animal em dia.
Quando foi ouvido, o responsável pelo circo afirmou que o animal custa mais de US$ 100 mil (R$ 180 mil) e que ele nunca deixaria um patrimônio deste valor sem os devidos cuidados.
O vereador e veterinário Ricardo de Almeida Souza, foi destacado pela prefeitura para acompanhar a estadia da elefanta na cidade e também disse que não foram constatados maus-tratos com o animal.
Como não havia irregularidades, então, a polícia liberou a elefanta e os tratadores.
(Folha Online, 03/01/2008)