Processo é uma solução para escassez de água no mundo
Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Referência em Dessalinização (LABDES) da Universidade Federal de Campina Grande (PB) desenvolveu um tipo de membrana, feita com fibras ocas, para a dessalinização de águas salobras. Essa nova membrana pode substituir as importadas, utilizadas hoje nos laboratórios de dessalinização brasileiros.
A pesquisa buscou estudos que favorecessem a situação de emergência para uma autonomia nacional, em termos dos equipamentos necessários, principalmente no caso das membranas para dessalinizadores.
– Estudamos os critérios para viabilizar um maior acesso e a redução do custo das soluções técnicas já postas em vigor para o fornecimento de água potável a comunidades inseridas na região do semi-árido brasileiro – explicou o coordenador do projeto e responsável pelo LABDES, professor Kepler Borges França.
Há tempos já vem sendo diagnosticado o problema de escassez de água no mundo, especialmente em países com grandes regiões semi-áridas como o Brasil. Diante do quadro de baixa oferta de água potável, uma solução viável e segura para se obter água doce é dessalinizar a água salobra.
Segundo o professor Kepler França, o processo consiste, fundamentalmente, em pressurizar a água salobra, fazendo-a circular por cima da superfície de membranas seletivas, acomodadas em módulos e que praticamente só deixam permear a água pura. o sal retido se concentra na corrente que não passa pela membrana, sendo esta recolhida para descarte ou aproveitamento posterior, por exemplo, em tanques de criação de peixes.
(Água Online, 03/01/2008)