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2008-01-04
Washington (EFE) - O aumento das temperaturas no Ártico foi, nas últimas décadas, quase duas vezes mais rápido que no resto do planeta, mas os cientistas ainda não sabem o quanto a atividade humana e os ciclos naturais incidem neste processo, segundo artigos publicados hoje pela revista "Nature".

"O aquecimento perto da superfície no Ártico foi quase duas vezes maior que a média global nas últimas décadas", afirma um artigo de Rune Graversen e outros pesquisadores da Universidade de Estocolmo.

"As causas subjacentes deste aumento da temperatura continuam sendo incertas", acrescenta o artigo. "A redução da cobertura de neve e de gelo que ocorreu em décadas recentes pode ter desempenhado um papel".

Outro artigo na mesma revista, de autoria de Shilong Piao, do Laboratório de Ciências do Clima e do Ambiente, na França, explica que "o balanço de carbono dos ecossistemas terrestres é particularmente sensível às mudanças climáticas no outono e na primavera".

"As temperaturas de primavera e outono nas latitudes nórdicas subiram entre 1,1 e 0,8 grau Celsius nas últimas duas décadas", acrescenta o texto.

"Observou-se uma tendência ao 'verdecimento', caracterizada por uma estação de crescimento mais prolongada e maior atividade fotossintética".

Quando a temperatura global aumenta, reduz a cobertura de neve e de gelo do Ártico, o que causa um excessivo aquecimento polar, explicam os cientistas.

Isto altera o albedo - razão entre a quantidade de luz difundida e refletida por uma superfície e a quantidade de luz incidente -, e "o aumento do recongelamento do mar durante a temporada fria e as reduções na espessura do gelo no mar aumentam o fluxo de calor do oceano para a atmosfera".

Alguns cientistas sustentam que o aquecimento global e o aumento da temperatura no Ártico se aceleram devido às atividades humanas - desde o desmatamento às indústrias e emissões de automóveis - que causam um efeito estufa na atmosfera.

O estudo dirigido por Graversen observa, no entanto, que esses modelos de mudança climática não explicam o aquecimento rápido do ar a mais de 3 mil metros de altura.

Graversen e seus colegas acham que a explicação está nas mudanças nas transferências verticais de energia especialmente na metade mais quente do ano.

"Nós concluímos que as mudanças na transferência do calor na atmosfera podem ser uma causa importante da recente alta de temperatura no Ártico", afirma o grupo de Graversen.

Mas, para Shilong, "esta tendência não pode ser explicada somente pelas mudanças no transporte atmosférico".

Este estudo encontrou "uma tendência rumo a um aumento de dióxido de carbono (na atmosfera ártica) desde o começo do outono até o inverno, o que sugere um período mais curto de reabsorção líquida do carbono".

Os dados de fluxo do ecossistema "sugerem um aumento das perdas de carbono no
outono", afirma Shilong.

"Tanto a fotossíntese como a respiração aumentam durante o aquecimento outonal, mas o aumento na respiração é maior", acrescentou. "Por contraste, o aquecimento aumenta a fotossíntese mais que a respiração na primavera".

(UOL, 03/01/2008)

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