Programação voltada para os servidores será realizada no aniversário de Belém
Os moradores do entorno do Parque Ambiental de Belém (PAB), lideranças de ONGs e os servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) vão realizar a 1ª Caminhada Ecológica em áreas escolhidas do parque, localizado nas matas do Utinga, onde estão os mananciais de água que abastecem parte da população da cidade, portanto em plena Região Metropolitana da capital.
O parque está numa área de 1.380 hectares, com exuberante biodiversidade, que inclui áreas verdes primárias de floresta de terra firme, várzea, capoeirões, capoeiras e fauna com centenas de espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. A área também é refúgio de espécies em extinção, a exemplo do tamanduaí, cachorro-do-mato-vinagre e a doninha-amazônica.
A caminhada, marcada para as 7h do dia 12 de janeiro, dia do aniversário de Belém, é um esforço da nova administração do (PAB) para aproximar moradores dos arredores do local, lideranças ambientais, servidores da Sema 'e conscientizá-los da necessidade de, em primeiro lugar, conhecerem o espaço e, posteriormente, adotarem atitudes corretamente ecológicas de divulgação, preservação e defesa daquele patrimônio ambiental da cidade', esclarece Maurício Pascoal, gerente do parque.
O parque é uma Unidade de Conservação Estadual desde 1993. Sua história ambiental está diretamente ligada ao abastecimento de água de Belém, como escudo protetor dos lagos Água Preta e Bolonha, que respondem por 50% do abastecimento de água tratada da região metropolitana.
As primeiras tentativas de proteção das matas do Utinga aconteceram entre 1881 e 1883, por ocasião da instalação da Companhia de Águas do Grão-Pará, que ainda contava com apoio dos chamados 'aguadeiros', carregadores que entregavam água em domicílio.
A consolidação do local veio em 1984, a partir de um estudo da Companhia de Saneamento e Abastecimento do Estado do Pará, quando foi determinada como 'Área de Proteção Sanitária - Lagos Bolonha e Água Preta'.
Desde o início de 2007 um Grupo de Trabalho (GT), instituído pelo governo estadual e formado por entidades governamentais, empresas privadas, fundações, ONGs e universidades se dedica ao projeto de revitalização do parque, que prevê maior acesso à comunidade do entorno, população de Belém, interior do Pará e visitantes de outros estados.
A idéia e dotar o parque de infra-estrura para visitação pública, ampliar os programas de trilhas ecológicas, reforçar a segurança da área, tudo para que a população se identifique ao espaço como um refúgio de lazer, especialmente nos finais de semana, como acontece em outros estados brasileiros e países que investem no turismo ecológico para a geração de renda, respeitando o meio ambiente.
(O Liberal, 02/01/2008)