A Petrobras vai produzir etanol de segunda geração para exportação, em parceria com a iniciativa privada. Para isso, já avaliou 40 usinas e já tem cinco projetos aprovadas pela área técnica.
A meta de exportação, a partir de 2012, é de 4,5 bilhões de litros ao ano, aí incluídos o etanol de primeira e o de segunda geração.
“Estamos trabalhando no projeto conceitual do primeiro alcoolduto de longa distância, que liga Senador Canedo, em Goiás, a São Sebastião, em São Paulo, a fim de escoar a produção da região Centro-Oeste, de São Paulo e do Triângulo Mineiro”, informou o diretor da Área de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
Ele acrescentou que a primeira planta semi-industrial da Petrobras para essa produção deverá ficar pronta em 2010, com conclusão prevista para dois anos depois.
O etanol de segunda geração é obtido a partir da tecnologia de ligno-celulose. O processo utiliza os resíduos da cana-de-açúcar, ou seja, a palha da cana, que oferece vantagens ambientais e socioeconômicas, com redução também dos desperdícios verificados na produção – hoje, o bagaço da cana já é usado para geração de energia elétrica.
“Na mesma área, posso produzir cem unidades por meio da cana e mais 30 ou 40 por meio do resíduo hoje desperdiçado”, afirmou Costa, ao explicar que o resíduo pode ser a palha e também o bagaço, além de outros produtos como capim e madeira. “É uma otimização com produtos que hoje não se utilizam”, acrescentou.
Costa destacou que o aumento da produção numa mesma área significa que será possível “remunerar melhor a mão-de-obra e ter empresas mais competitivas, o que permite ganhos sociais e ambientais”.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 02/01/2008)