O ano de 2007 nos legou uma série de lições de natureza ambiental. Nos levam a uma série de reflexões sobre algumas tomadas de decisões para o ano de 2008 a fim de alcançar formas mais eficazes e eficientes de fazer política a partir de uma nova ordem: uma governança ambiental.
A governança deve ser interpretada como uma série de atividades apoiadas em objetivos e responsabilidades comuns e partilhados entre as instituições governamentais, a sociedade e a iniciativa privada. É um processo mais amplo do que governo, pois caracteriza-se por mecanismos em que a sociedade participa ativamente das decisões.
Este fenômeno busca o "empoderamento" da sociedade a fim de que esta possa estar comprometida com as mudanças requeridas no nível local. Alcançar a capacidade de fazer com que as instituições possam recuperar permanentemente os conceitos de ética e responsabilidade é um dos caminhos a ser trilhado.
Nesse sentido, as eleições deste ano devem levar a sociedade a refletir sobre os fatos presentes e passados: os escândalos, os problemas, os conflitos. Mas também as conquistas, as oportunidades e potencialidades geradas.
Alcançar uma governança ambiental plena é compreender o balanço entre as necessidades e obrigações. É um exercício pleno de cidadania. A sociedade necessita mais do que nunca analisar e entender quais foram os projetos de lei implementados nas câmaras de vereadores. Avaliar e discutir quais foram os atos do Poder Executivo municipal e se estes levaram a mudanças significativas e positivas na infra-estrutura e funcionamento dos municípios. É importante entender quem está tendo o compromisso pleno com a responsabilidade ambiental.
Em 2008 é necessário monitorar os que estão no poder. É a base para que conquistemos uma sociedade cada vez mais justa e compromissada com o futuro de todos nós.
(Por Marcus Polette, Diário Catarinense, 02/01/2008)