A Petrobras pretende investir durante o próximo ano US$ 230 milhões na Bolívia, e sua filial, a Petrobras Energia, outros US$ 32 milhões, totalizando US$ 262 milhões, afirmou hoje o jornal boliviano La Razón.
A publicação afirma ainda que as empresas petrolíferas que atuam no país investirão pelo menos US$ 905 milhões em 2008, embora o Governo ainda negocie com algumas delas para obter um valor maior.
Segundo um documento citado pelo jornal, as companhias propuseram ao Governo do presidente Evo Morales um investimento total de US$ 905,3 milhões, dos quais US$ 594 milhões serão "custos operacionais" e US$ 311,3 milhões, "custos de capital".
Uma fonte do ministro de Hidrocarbonetos disse no sábado (29/12) à Agência Efe que o valor citado pelo jornal poderia chegar a US$ 1 bilhão nas negociações ainda em andamento, já que a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) pediu às empresas que seus custos de capital superem os operacionais.
De acordo com o relatório do jornal, a companhia hispano-argentina Repsol YPF pretende investir US$ 138,4 milhões e sua filial Andina, que possui 48% de participação do Governo boliviano em seu capital, outros US$ 157,8 milhões, totalizando US$ 296,2 milhões.
A Chaco (do grupo British Petroleum) anunciou investimentos de US$ 215 milhões; a argentina Pluspetrol, de US$ 58,7 milhões; a British Gas, de US$ 39 milhões; a coreana Dong Wong, de US$ 15 milhões e a americana Vintage (Oxy), de US$ 11,3 milhões, segundo as cifras mais altas citadas pelo jornal.
A única empresa que não indicou intenção de investimento foi a franco-belga TotalFinaElf, que é sócia da Petrobras e da Andina em dois grandes campos de gás, de onde o combustível é exportado para Brasil e Argentina.
Segundo o jornal, fontes do setor petroleiro indicam que a Total provavelmente negociará com a Petrobras a venda de sua participação nos campos para deixar a Bolívia.
(Agência Estado, com informações da EFE, 29/12/2007)