O Paquistão mantém um temível arsenal nuclear, com estoque de 48 a 55 ogivas e bombas de diversos tipos. É um recurso dissuasivo contra o inimigo, a vizinha Índia, que pode mobilizar seus próprios 60 a 80 artefatos atômicos. Ambos os países realizaram testes de campo no final dos anos 90. Essa capacidade de destruição preocupa o governo americano.
Desde novembro de 2001 a administração do presidente George W. Bush investiu 100 milhões de dólares em dois programas secretos, destinados a proteger as armas estratégicas paquistanesas. Para o analista Daniel Markey, do Conselho de Relações Exteriores, 'o medo maior nesse momento crítico é o da tomada do poder e do arsenal nuclear pelos islâmicos radicais, o que obrigaria os EUA a localizar e resguardar as instalações do programa – bases, laboratórios e depósitos'.
(Correio do Povo, 30/12/2007)