Arroio Cruzeiro do Sul teve água contaminada com óleo combustível na quarta-feiraSapiranga - Equipes da Brigada Militar, da Patrulha Ambiental (Patram), da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e um fiscal da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) voltaram ontem (27) às margens do Arroio Cruzeiro do Sul, que teve a água contaminada com óleo combustível. O material foi identificado por meio de uma denúncia na quarta-feira à tarde, proveniente de uma empresa de plásticos localizada próximo ao quilômetro 30 da RS-239. A empresa se responsabilizou pelo incidente e contratou os serviços de emergência ambiental.
Pela manhã, um material foi colocado sobre a água para absorver o óleo e um caminhão faria o serviço de retirada o material das bocas-de-lobo da redondeza. A maior preocupação das autoridades, no momento, é não deixar o material chegar até o Arroio Sapiranga que poderia levar o óleo ao Rio dos Sinos. Um relatório está sendo formulado pela Fepam que deve apurar as conseqüências e responsabilidades do caso.
O diretor comercial da empresa, Gilberto Dummer da Silva, atribuiu o problema a um acidente mecânico que fez com que o óleo transbordasse do tanque de contenção. ‘‘Foi um acidente que está sendo controlado. Trabalhamos boa parte da madrugada para resolver o problema’’, ressaltou. De acordo com o biólogo que acompanhou os trabalhos no local, Alex Trombini, cerca de 2 mil litros vazaram do tanque e, pelo fato de ser pequena a quantidade, o dano ambiental não se torna grave. ‘‘Foi uma pequena quantidade que chegou até o arroio e estamos trabalhando para conter isso’’, resumiu.
PreocupaçãoO secretário de Planejamento Urbano do município, que responde também pelo Departamento de Meio Ambiente, Anilton Pereira, e o fiscal da Fepam Nelson Deudek circularam pelas imediações do Arroio Sapiranga para se certificarem que não haverá danos maiores ao meio ambiente. ‘‘A nossa preocupação imediata é recolher o máximo desse óleo e não deixar ele correr’’, destacou o fiscal.
Já o secretário afirmou que as causas do vazamento serão apuradas e as conseqüências do acidente levantadas. ‘‘Queremos saber o motivo, se houve negligência. Como é que esse produto chegou à rede pluvial do município? Não é qualquer rede que cai na rede pública. Vamos querer analisar o projeto, a planta da empresa’’, afirmou Pereira. De acordo com as autoridades, ainda deve levar cerca de 15 dias o processo que irá apurar as causas e conseqüências do acidente.
(Por Letícia Barbieri Flores,
Jornal NH, 28/12/2007)