Operação especial montada pela prefeitura inclui, além da coleta, o corte de grama nas margens O lixo depositado de forma irregular ao longo do ano no arroio Dilúvio começou a ser retirado ontem (27). É uma operação especial do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) que pretende reduzir a poluição e dar novo visual ao principal arroio da Capital, cujo leito tem extensão de 17,6 quilômetros. O trabalho é realizado no verão devido ao baixo nível das águas, o que facilita a movimentação das equipes nas margens e no leito. Um pequeno barco é usado para armazenar o lixo recolhido. A limpeza deve ser concluída em 30 dias, quando o grupo atingirá a foz.
Os funcionários do DMLU fazem a coleta de garrafas plásticas, sacos, latas e outros detritos sólidos lançados no arroio. A equipe é formada por 15 pessoas, sendo que a maioria apara a grama das margens. Na manhã de ontem, o trabalho foi realizado entre as avenidas Antônio de Carvalho e Joaquim Vilanova. Um caminhão com caçamba dá apoio à operação levando o lixo recolhido até a Estação de Transbordo da Lomba do Pinheiro, mesmo local que recebe o lixo domiciliar.
De barco, o gari Anderson Luís Braga, de 21 anos, recolhia o lixo com botas e roupa especial para evitar problemas de saúde decorrentes do contato com as águas poluídas. Em vários trechos, o barco era arrastado pelo funcionário devido à terra acumulada. O trabalho é complementar à dragagem realizada pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP).
De acordo com o diretor-geral do DMLU, Mário Moncks, ação de limpeza semelhante foi realizada no primeiro semestre. 'Infelizmente, é um trabalho contínuo que decorre da falta de consciência ambiental da população, que poderia nos ajudar dando um destino adequado ao lixo.' Moncks ressaltou que todo o lixo jogado no Dilúvio acaba desaguando no Guaíba, principal fonte de abastecimento de água.
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Correio do Povo, 28/12/2007)