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bancos
2007-12-28
Os fundos de investimentos chamados de “socialmente responsáveis” (ou SRI, sigla para socially responsible investments), que privilegiam ações de empresas com boas práticas socioambientais e de governança corporativa, estão em expansão no País.  O patrimônio líquido desses fundos mais que triplicou no período de um ano: saltou de R$ 500 milhões em dezembro de 2006 para R$ 1,7 bilhão em dezembro deste ano.  E parte desse crescimento é motivado pelo interesse de pessoas físicas que, atraídas pela rentabilidade da Bolsa de Valores, também estão preocupadas com a gestão das companhias em que pretendem investir.

“Bancos, corretoras e outros agentes do mercado de capitais estão sendo procurados por pessoas físicas para que passem a analisar, sob o ponto de vista social e ambiental, os riscos das empresas na Bolsa.  É uma tendência internacional que começa a ganhar força por aqui”, diz Roberto González, assessor de sustentabilidade da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Apesar do crescimento dos fundos SRI no Brasil, eles ainda são pequenos, perto de uma indústria que já chega a movimentar R$ 1,1 trilhão no País, entre fundos de renda fixa e variável.  “É um movimento ainda incipiente, mas, há cinco anos, não havia nada com esse perfil no mercado”, diz González.

Um dos fatores que impulsionaram essa demanda foi o lançamento, no final de 2005, do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, carteira que reúne hoje 40 ações de 32 empresas.  Inspirado no Dow Jones Sustainability Index (DJSI), da Bolsa de Nova York, o ISE foi criado para servir de referência para os fundos SRI no Brasil.  Desde então, pipocaram produtos com essa proposta no mercado - já são 14, de instituições como Bradesco, HSBC, Unibanco, Banco do Brasil, Safra e Caixa Econômica Federal.

Antes disso, alguns bancos privados já haviam lançado produtos com esse perfil no mercado brasileiro, como o ABN Amro Real, em 2001, e o Itaú, em 2004.  O fundo Ethical, do ABN Real, é o mais antigo e acumula um patrimônio de R$ 667,1 milhões.  Desde que foi criado, em novembro de 2001, até novembro de 2007, teve uma rentabilidade de 484%, ligeiramente superior ao Ibovespa do período, de 461,5%.

“O interesse dos investidores pelo Ethical aumentou ao longo de 2007.  Há um ano, o patrimônio líquido era de R$ 158,5 milhões”, diz Pedro Villani, gestor da carteira.  Ele enumera vários motivos para isso.  “O produto já acumula um histórico de rentabilidade e o mercado de ações passou a despertar maior interesse entre investidores pessoa física”, diz.  Outro motivo foi a grande atenção que o tema sustentabilidade recebeu este ano.  “Os investidores estão percebendo que não se trata de um produto filantrópico.”

Convicção
O economista Gustavo Pimentel é um desses investidores.  Desde 2005 aplica recursos no fundo Ethical, que escolheu por convicção - há três anos lida com temas ambientais em seu trabalho, primeiro em uma agência de classificação de risco e atualmente em uma ONG.  Para ele, analisar as empresas em que pretende investir sob o ponto de vista socioambiental traz vantagens.  “Uma é o menor risco que as ações oferecem.  Outra é a oportunidade de ganhos no longo prazo.  As empresas preocupadas com sustentabilidade tendem a ser mais estáveis, e isso se reflete no valor dos papéis”, diz.

O banco HSBC, que tem fundo de sustentabilidade baseado no ISE, também registra um crescimento do produto, voltado só para o investidor pessoa física.  Criado em janeiro de 2006, tem um patrimônio de R$ 150 milhões e, desde então, acumula rentabilidade de 106%.

No mundo todo, a instituição administra US$ 1,5 bilhão em fundos de renda fixa e variável ligados à sustentabilidade.  Entre eles, há produtos específicos sobre mudanças climáticas, só com papéis de empresas que estão cortando emissões de carbono e investindo em energias renováveis.  “Novos produtos com esse perfil chegarão ao mercado brasileiro”, diz Paula Peirão, analista de sustentabilidade da HSBC Investments.

No Itaú, o fundo Excelência Social, também voltado para pessoas físicas, registrou um aumento no número de cotistas de 40% ao longo de 2007.  “Saímos de 18 mil cotistas para 27 mil nesse período.  É um investidor que quer aliar rentabilidade às questões sociais da atualidade”, diz Moacyr Castanho, diretor de fundos de investimento do Itaú.  O fundo possui um patrimônio de R$ 515 milhões e acumula, desde sua criação, em fevereiro de 2004, uma rentabilidade bruta de 254,63%.

(O Estado de S.Paulo, 26/12/2007)


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