Milhares de peixes já haviam sido encontrados mortos no último dia 2
Venâncio Aires - Exatamente três semanas. Esse foi o intervalo de tempo entre duas tragédias ambientais no Castelhano. No domingo, dia 23, foram encontrados novamente muitos peixes mortos no arroio, a exemplo do que já havia acontecido no dia 2 de dezembro. Desta vez, a maior concentração de animais mortos foi encontrada nas proximidades da ponte para Lajeado. A quantidade de peixes ainda não foi calculada, mas a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) estima que foi menor que no incidente do início do mês.
Desta vez, os técnicos da Semma foram logo acionados, assim como a Patrulha Ambiental (Patram) e a emergência da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O ictiólogo Fábio Silveira Vilella trabalhou como voluntário. O Ministério Público também vistoriou o local. Água e peixes mortos foram coletados e enviados para análise no laboratório Laborquim, em Canoas, que forneceu o material de coleta.
No momento, a Semma continua com as investigações para determinar as causas e os possíveis culpados pela mortandade, enquanto aguarda os resultados das análises. Por enquanto, a secretaria recomenda que os peixes do arroio Castelhano não sejam consumidos.
Espécies
Entre os peixes mortos já foram identificadas sete espécies: traíra (Hoplias malabaricus), pintado (Pimelodus maculatus), cará (Gymnogeophagus sp), birú (Steindachnerina sp), joana (Crenicichla punctata), jundiá (Rhamdia aff quelen) e cascudinho ou violinha (Rineloricaria sp).
No incidente registrado no início do mês peixes de 18 espécies morreram, entre elas três exóticas, sendo uma de criação proibida, a Ictalurus punctatus, conhecida como catfish do canal.
Verbas
Foram incluídas no orçamento de 2008 verbas para realização de análises trimestrais de parâmetros fisico-químicos da água do Castelhano. O valor é de aproximadamente R$ 6 mil.
(Folha do Mate, 27/12/2007)