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2007-12-27
Queimadas e atividades de caça põem em risco a preservação da área

O Parque Nacional Serra da Capivara, no sudeste do Piauí, concentra o mais importante patrimônio pré-histórico do Brasil. Com área de 130 mil ha, o parque conta com uma infra-estrutura que viabiliza a visitação de 128 sítios rupestres pré-históricos. A ação de caçadores e as queimadas anuais realizadas nas áreas nas quais eles vivem, no entanto, colocam em risco a preservação desse cartão-postal único no mundo.

A região, que hoje tem um clima semi-árido, contou em épocas pré-históricas com um clima tropical úmido e vegetação abundante. Isso garantia condições de existência para exemplares de uma megafauna, cujas espécies mais representativas eram a preguiça-gigante, o tigre dente-de-sabre, o mastodonte, lhamas e o tatu-gigante.

Os primeiros grupos humanos chegaram à região há 100 mil anos. Instalaram-se lentamente, desenvolvendo uma cultura adaptada às condições ambientais. Há vestígios muito antigos em três sítios abertos à visitação: Boqueirão da Pedra Furada, Sítio do Meio e Caldeirão do Rodrigues.

As escavações, iniciadas em 1978, duraram 10 anos e permitiram a descoberta dos mais antigos vestígios, até hoje conhecidos, da presença humana nas Américas: fogueiras estruturadas e uma grande quantidade de artefatos de pedra lascada.

A Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), que trabalha em conjunto com o Ibama e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), elaborou o Plano de Manejo do parque. Estudos definiram que, em razão do solo pobre e do clima irregular, com secas cíclicas, somente apicultura e turismo podem ser fontes seguras de produção e criação de mercados de trabalho com salários dignos.

Desde 1989 foram criadas escolas e os trabalhos de preparação do parque para receber turistas tiveram início. Em 1990, a Fumdham preparou documentação para que o governo brasileiro pudesse solicitar a inclusão dos sítios de pintura rupestre da região na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, título concedido em 1991.

Hoje o parque conta com 28 guaritas (três públicas e 25 de serviço) e um corpo de mais de 50 vigilantes que está evitando a ação dos caçadores e permitindo a recomposição das populações animais. O parque possui também um Centro de Visitantes, que oferece diferentes serviços. O sítio do Boqueirão da Pedra Furada foi transformado em museu a céu aberto.

Em algumas zonas, onde a erosão estava destruindo a cobertura vegetal e criando enormes voçorocas, foi iniciado o manejo da floresta e construídas cercas e barreiras para diminuir a força das enxurradas, estancando assim o processo erosivo. Em áreas do parque, mais atingidas pela ação antrópica, foi iniciado o reflorestamento, tendo alcançado até 15% de sucesso nos três primeiros anos.

(ClicRBS, 27/12/2007)

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