Um convênio firmado entre as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) prevê a aplicação de R$ 8,5 milhões no projeto “Desenvolvimento de novos elementos combustíveis nucleares e materiais e peças para combustíveis nucleares”, que tem como principal objetivo desenvolver um novo modelo de elemento combustível, com maior eficiência energética. O acordo tem prazo estimado de três anos.
Também participam do convênio a Fundação Universitária José Bonifácio, como gestora financeira, o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear, como executor principal, e, como co-executores, a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Energéticas e o Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo.
Com a implantação do projeto serão realizados estudos para o desenvolvimento de um novo combustível para a usina de Angra 2 e outras. A INB desenvolveu projeto semelhante em 1999, quando idealizou, em parceria com as empresas KNFC e Westinghouse, um novo combustível de Angra 1, o 16 NGF (de “new generation fuel”), que será incorporado ao núcleo do reator na próxima recarga, prevista para agosto de 2008.
Segundo a INB, assim como o 16 NGF, o novo modelo do elemento combustível de Angra 2 terá eficiência energética maior, ou seja, maior reatividade utilizando menor quantidade de urânio enriquecido, o que significará o prolongamento da vida útil do elemento dentro dos reatores, o aumento da segurança e a diminuição da quantidade de resíduo radioativo.
Outra vantagem do projeto é promover a nacionalização dos componentes metálicos do novo elemento combustível, como mola, grades, bocais e filtros. Para tanto, serão desenvolvidos novos processos de produção e fabricadas as ferramentas necessárias. O início do projeto está previsto para janeiro do próximo ano.
A INB é uma empresa de economia mista, vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear e subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Mais informações: www.inb.gov.br
(Agência Fapesp, 27/12/2007)