A China anunciou que reduzirá, no começo do ano que vem, a tarifa de importação sobre cobre, carvão e alumínio, além de cortar pela metade a taxa de produtos relacionados ao petróleo. A taxa do alumínio cairá de 3% para zero para preservar as reservas internas de bauxita -usada na produção do alumínio- e reduzir a poluição. As tarifas de cátodo e ânodo (usados na indústria eletrônica) de cobre cairão de 2% para zero.
De janeiro a novembro, o Brasil exportou para a China US$ 182,64 milhões em cátodos de cobre -o oitavo maior item em valor, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Para analistas, a redução das taxas deve aumentar a importação dos produtos e também os preços dos metais. Ontem, com a notícia da queda da tarifa, o cobre subiu 1,04% pelo quinto pregão seguido, para US$ 6.630 a tonelada. O preço do metal mais que dobrou nos últimos três anos, pressionado pela demanda da China -maior consumidora do produto.
O governo chinês anunciou também o aumento para 25% das taxas de exportação de produtos semi-acabados de aço e para 15% para outros produtos do metal, com o objetivo de acalmar os investimentos no setor. As tarifas para soldados em aço devem ir de 15% para 25%. A tarifa de exportação do coque vai subir de 15% para 25%. O governo quer desencorajar as exportações do produto, grande poluidor e usado na indústria do aço.
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Folha de São Paulo, 27/12/2007)