A obrigatoridade, a partir de primeiro de janeiro de 2008, da adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel tem o apoio do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas (Setcergs) pelo efeito positivo da medida na redução das emissões de CO2 na atmosfera. Entretanto, o setor defende uma gerência, pelo governo, da política de preços do biocombustível. 'O uso do álcool na gasolina começou também com a escaramuça da proteção ambiental e hoje os usineiros são monopolistas, desestimularam os donos de carros flex', afirma o presidente do Setcergs, Sérgio Neto.
Segundo Neto, a tendência é a da ampliação gradativa da adição do biodiesel ao óleo diesel nos próximos anos, proporcionalmente ao aumento da produção interna. Para o empresário, os 2% não influirão nos custos do setor, mas é impossível prever o comportamento dos preços do novo combustível quando a proporção chegar, por exemplo, a 20% ou mais. 'O biodiesel deve vir para segurar e não aumentar os preços dos combustíveis, como acontece com o álcool', afirma. O Setcergs assinala que a tecnologia do biodiesel está consagrada, sem qualquer perda de potência ou desempenho.
(Correio do Povo, 27/12/2007)