(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
etanol
2007-12-26
Na opinião de ambientalistas e representantes do setor agropecuário, o Brasil já está atrasado na definição de uma política de zoneamento que determine regras para controlar a expansão produtiva e orientar investimentos. As normas estão sendo elaboradas pelo governo federal e a expectativa é de que sejam concluídas e anunciadas ao longo do ano que vem.

O ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues, que hoje preside o Conselho de Agronegócio da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), evita a palavra atraso, mas admite que o ideal seria o zoneamento já estar pronto para apontar áreas e balizar investimentos. A razão para a falta de antecedência seria uma só: “Faltou dinheiro. É uma coisa cara, não é singela. Faltaram recursos financeiros, decisão para fazer acontecer”, afirmou Rodrigues, em entrevista à Agência Brasil.

Para Rodrigo Justus, assessor técnico da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a falta de zoneamento tem consequências graves em um país com as características do Brasil. “Temos o maior estoque de terras férteis do mundo e também o maior estoque da biodiversidade. Conciliar isso não é uma tarefa fácil”, disse Justus, em entrevista coletiva da CNA sobre o balanço da produção agropecuária em 2007 e as perspectivas para 2008.

Segundo Justus, a legislação brasileira tem aspectos únicos em relação ao mundo, como a proibição das culturas de café e uva em áreas com inclinação acima de 25 graus. “Os produtores brasileiros perdem terreno para os de outros países. São tiros no pé dados internamente, que precisam ser resolvidos.”

O Greenpeace considera o zoneamento fundamental para disciplinar a ocupação da Amazônia, mas avalia que ele não será feito com a presteza exigida pela situação. “O governo federal não elegeu o zoneamento como peça importante de sua atuação na região. Hoje já há um avanço na retomada do desmatamento na Amazônia”, afirmou à Agência Brasil o coordenador de políticas públicas da organização não-governamental, Sérgio Leitão.

Para ele, o zoneamento deve ser impositivo e argumenta que políticas meramente indicativas de conduta não funcionam para “domar” atividades econômicas com forte apelo de lucratividade. “O que falta na Amazônia é comando e controle. Falta Estado, políticas públicas e polícia, para que a região não seja vista como terra de ninguém, onde tudo é possível. 80% das terras da Amazônia são públicas, mas griladas”.
Um zoneamento específico da produção de cana-de-açúcar em todo o Brasil está sendo planejado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com outras instituições, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Universidade de Campinas (Unicamp), secretarias estaduais de agricultura e meio ambiente, dentre outras. A previsão de conclusão é para outubro de 2008.

“Os trabalhos serão publicados por estados, abrangendo todos os municípios. Esperamos que até o meio do ano que vem tenhamos grande parte dos estados com zoneamentos elaborados”, informou Celso Manzatto, pesquisador chefe-geral da Embrapa Solos, em entrevista à Agência Brasil.

O pesquisador do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Nilo Dávila, lamenta que o zoneamento não tenha sido feito “antes de todo o apoio político à produção da cana, com o presidente Lula fazendo papel de mercador do etanol brasileiro”.
A CNA sustenta que o Brasil tem áreas degradadas e subutilizadas suficientes para serem reincorporadas ao processo de produção e aumentarem em até 5 vezes a produção do etanol, sem derrubar uma árvore da floresta ou até mesmo fazer expansões sobre o cerrado nativo.
 
(Por Marco Antônio Soalheiro, Agência Brasil, 24/12/2007) 

 

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -