A falta de comunicação adequada pode ter sido determinante para o surgimento de protestos e de opositores à transposição do rio São Francisco. A avaliação é do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, entrevistado na sexta-feira, 21, no telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil.
A greve de fome de 24 dias do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, encerrada na última quinta-feira, foi um acontecimento emblemático para que o governo inicie ações para ampliar o diálogo com a sociedade, segundo ele.
“Esse episódio do jejum de dom Cappio, como toda a crise, traz lições para um lado e para o outro. Para o governo, ficou evidente que nós precisamos ter a iniciativa de informar mais e melhor a população brasileira sobre os grandes benefícios que a interligação de bacias vai trazer para aquela região e, conseqüentemente, para o país”.
O aprofundamento da comunicação proposto por Carvalho deve priorizar as lideranças de movimentos sociais. “É preciso que a gente ative mais nossas conversas com os movimentos sociais. Vi nesse processo o quanto a desinformação e a mistificação permitiram que se criasse oposição a um projeto que tem bases científica, social, legal e só vai fazer o bem”, afirmou.
Para divulgar com mais eficiência informações sobre o processo de transposição, o chefe de gabinete anunciou a veiculação de peças publicitárias a partir de janeiro próximo.
(Por Hugo Costa, Agência Brasil, 24/12/2007)