O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio de Janeiro autuou a ThyssenKrupp CSA pela destruição não autorizada de dois quilômetros quadrados de manguezais em área próxima à ponte que liga o porto ao terreno onde a siderúrgica está sendo construída. O Ibama multou a siderúrgica em R$ 100 mil.
Não há embargo às obras de construção da siderúrgica ou do terminal portuário. O embargo da autuação do Ibama se restringe a obras nos dois quilômetros quadrados, informou a assessoria de imprensa do órgão federal no Rio. Caso a ordem do Ibama de parar a obra na área atingida não seja cumprida haverá uma multa diária.
Segundo a empresa, a área foi usada para movimentação de equipamento e material para a construção da ponte, que já está pronta. A companhia informou que o material já foi retirado do local do embargo, o manguezal já está se regenerando e a autuação não produziria efeitos práticos. O Ibama considera possível, porém, que, a partir desta autuação, outros órgãos ambientais, do governo estadual do Rio, ou o Ministério Público venham a pedir o embargo completo das obras da CSA. O Ibama informa que não fará isso, porque considera que isso não caberia a ele, mas ao Estado.
A empresa não vê possibilidade de que um embargo maior venha a ocorrer. Segundo a CSA, todas as demais normas ambientais estariam sendo cumpridas. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, costumam citar a CSA com orgulho, como exemplo de que o Estado está atraindo investimento privado.
(Estadão Online,
Ambiente Brasil, 22/12/2007)