O mau tempo e a falta de materiais e equipamentos disponíveis na região retardaram a conclusão das obras na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Navegantes, prevista para outubro deste ano. Com isso, o novo processo de tratamento de esgoto será inaugurado oficialmente em fevereiro de 2008.
O projeto está sendo realizado devido ao mau cheiro ocasionado pelo processo de tratamento natural da água, chamado de anaeróbio que, com a obra, passará para aeróbio. Segundo o superintendente regional da Corsan, Eduardo Guimarães, com o novo processo elétrico, o oxigênio é injetado, eliminando o problema.
Atualmente, o esgoto chega até a caixa de areia, onde os resíduos sólidos e líquidos são separados. A água resultante é despejada nas lagos, causando o problema de mau cheiro. "Até hoje, não encontramos o motivo que ocasionou este problema. Por isso, a Corsan está realizando esta modificação", fala.
Com a obra, a lagoa que recebe a água ganhará 18 aeradores, misturando-a como um grande liqüidificador. "Funcionários estão terminando a parede de concreto que dividirá a lagoa. Com isso, o novo processo poderá entrar em funcionamento, visto que os demais equipamentos já foram comprados", explica Guimarães.
Com a mudança do sistema, dois resíduos serão produzidos: o lodo e a água tratada. O primeiro será transferido aos leitos de secagem, que estão prontos, e a água é levada até o canal de coleta da Corsan para, posteriormente, ser despejado no Arroio Martins. "Este procedimento já tem o aval da Fepam", esclarece o superintendente.
Cada uma das lagoas - transformadas em aeróbias - possui cerca de 100 mil metros cúbicos. "A diferença entre os processos é que o atual - causador de mau cheiro - é feito totalmente de forma natural, onde as bactérias faziam a depuração do esgoto. A obra custará aproximadamente de R$ 2 milhões.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 21/12/2007)