O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) deu licença de operação ao Portocel para "a atividade de berço de atracação norte, dolfins de atracação dos empurradores e oficina". A ampliação do porto faz parte do projeto da Aracruz Celulose para assegurar logística para o aumento da produção da empresa.
Da própria empresa e de outros produtos que geram grandes impactos ambientais, como o etanol.
O Portocel é da Aracruz Celulose, e a licença do Iema é a "GCA/SAIA/n° 329/2007/Classe I", segundo comunicado que o Portocel publicou no Diário Oficial desta quinta-feira (20).
O porto é especializado no transporte de eucalipto e de celulose, e é localizado em Aracruz. Responde pela exportação de 75% da celulose brasileira, produzida de forma insustentável por empresas com a Aracruz Celulose.
Segundo o site do Portocel, as características dos terminais de navios são: cais acostável, com 430 metros no total; comprimento máximo de navios: 200 metros; boca máxima: 35 metros: calado (profundidade) máximo: 11,90 metros, com utilização de maré com 1,60 metro de altura.
O berço norte tem comprimento de 90 metros, profundidade de 6 metros. O porto recebe embarcação com capacidade para 40 mil toneladas e comprimento de 200 metros.
Informa ainda que o número mínimo de rebocadores para manobras é 1e que a capacidade de armazenagem, em quatro unidades, é de 137.000 no total, com capacidade anual de embarque de 4.500.000 toneladas.
O Terminal de Barcaças ocupa área escavada "na antiga Praia das Conchas, na área pertencente ao Terminal. Ela dispõe de 2 "link-spans" com 10 metros de comprimento cada". Seu comprimento total é de 150 metros. O berço sul é dedicado à operação de descarga de madeira.
A Aracruz Celulose anunciou em outubro deste ano a expansão do
Portocel. O início das obras está previsto para 2010 e exigirá investimentos de R$ 439 milhões. Serão quatro novos berços de atracação, com capacidade para receber navios com até 244 metros de comprimento e 15 metros de calado.
A Aracruz Celulose anuncia que a capacidade de embarque do Portocel será três vezes maior até 2026. O projeto do novo porto, na área chamada de Portocel II, já foi mostrada ao governador Paulo Hartung pelo presidente da Aracruz Celulose, Carlos Augusto Lira Aguiar. Além de celulose, o terminal a ser construído movimentará outras cargas, como granéis líquidos (etanol, por exemplo) e rochas ornamentais.
O inicio das obras foi anunciado para 2010, após concluídos os projetos de ampliação de Portocel e do terminal de barcaças. Em 2026 o volume dos embarques de celulose passarão dos 4,5 milhões de toneladas atuais para 17 milhões de toneladas/ano.
Os navios que atracam no Portocel hoje têm capacidade para 40 mil toneladas e os que atracarão em Portocel II terão capacidade para até 70 mil toneladas. O Portocel embarca celulose produzida pela Aracruz, Cenibra, Veracel e Suzano.
Na região leste serão construídas mais cinco fábricas de celulose nos próximos anos, que vão triplicar a produção. As novas fábricas serão a quarta da Aracruz Celulose, da Veracel e StoraEnso, as duas da Aracruz, além da Suzano, as três na Bahia, e da Cenibra, em Minas Gerais.
(Por Ubervalter Coimbra,
Século Diário, 21/12/2007)