O estado do Rio de Janeiro ganhará, no ano que vem, mais três aterros sanitários: um em Teresópolis, um em Paracambi e outro em Vassouras. Pelo convênio, assinado nesta quinta-feira entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e o governo do estado, os aterros deverão ficar prontos em meados do ano que vem, beneficiando cerca de 600 mil pessoas de 13 municípios fluminenses.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio, atualmente, o estado conta apenas com cinco aterros e 80 lixões. No aterro sanitário, o resíduo é tratado, ao contrário dos lixões onde eles permanecem a céu aberto, atraindo ratos e provocando a contaminação do lençol freático (de água). De acordo com dados da Funasa, no Brasil apenas 16% do lixo recolhido é tratado em aterros.
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, até 2010, deverão ser investidos R$ 60 milhões na construção de 18 aterros sanitários no estado, beneficiando 80 municípios fluminenses. Desse valor, R$ 40 milhões virão da Funasa e R$ 20 milhões do estado do Rio.
O coordenador regional da Funasa no Rio, Marcos Muffareg, enfatizou que os aterros são "essenciais" para o combate à dengue. "O maior foco de proliferação do mosquito da dengue é no lixo que fica ao redor dos domicílios", disse.
O Ministério do Meio Ambiente também assinou hoje um convênio com o governo do Rio para a chamada gestão integrada de resíduos sólidos, liberando R$ 1,5 milhão. Segundo a ministra Marina Silva, o objetivo é "possibilitar um trabalho em conjunto entre as esferas de poder, evitando que os aterros sanitários que serão construídos acabem se transformando em verdadeiros lixões", disse.
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O Dia, 20/12/2007)