O presidente George W. Bush garantiu na quinta-feira (20/12) que ele leva a sério o efeito estufa e considera a energia nuclear a "melhor solução", ao mesmo tempo em que cobre as crescentes necessidades energéticas, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca para fazer um balanço do ano
Bush declarou ter dito ao Prêmio Nobel da Paz - e ex-vice-presidente dos Estados Unidos - Al Gore que leva "seriamente" o tema das emissões de gases de efeito estufa e que seu governo está desenvolvendo uma estratégia para tratar do tema. Bush disse ainda que seu governo está trabalhando numa forma para tornar os carros mais eficientes em termos de consumo de combustível, mas que a energia nuclear é peça fundamental.
"Se alguém é verdadeiramente sério sobre como enfrentar os gases de efeito estufa, deveria ser um simpatizante maior da energia nuclear", assinalou. "Eu, por certo, sou, e aplaudo os esforços dos membros do Congresso para dar incentivos para a construção de novas usinas. É a melhor solução para assegurar que tenhamos crescimento econômicos e, ao mesmo tempo, sejamos bons administradores do meio ambiente.
Bush também disse que não está satisfeito com o progresso político no Iraque e pressionou a favor de uma reconciliação e reformas maiores. "Muitas vezes a política local é que move a política nacional. Estamos satisfeitos com o progresso lá? Não", afirmou Bush.
O presidente mencionou sua preocupação ante a possibilidade de que alguns países aliados dos Estados Unidos abandonem seu compromisso no Afeganistão, e deixem esse território antes que fique estabilizado. "Minha maior preocupação é que as pessoas digam: 'bom, estamos cansados do Afeganistão, então acho que vamos embora".
Segundo ele, os aliados americanos devem entender que vai levar tempo para que esta experiência democrática no Afeganistão funcione. "E acredito que vai funcionar", enfatizou. Bush também disse que vai acompanhar como evolui o futuro político da Rússia de Vladimir Putin, e que espera que Moscou se mantenha no caminho da democracia.
"Minha esperança é que a Rússia seja um país que entenda que são necessários os pesos e contrapesos, as escolhas livres e limpas, uma imprensa vibrante", afirmou Bush. "Há especulação sobre se Putin será ou não o primeiro-ministro. Não sei se será. Não falei com ele a respeito. E até que aconteça, acho que é melhor esperar para ver".
Quanto à Síria, descartou conversações diretas com o presidente Bashar al-Assad e disse que "sua paciência em relação a Assad se esgotou há muito tempo". "De modo que, se estiver me ouvindo, não precisa de uma ligação telefônica; ele sabe exatamente qual é minha posição". "Minha paciência com o presidente se esgotou há muito tempo, e a razão é que ele protege o Hamas, dá facilidades ao Hezbollah, aos suicidas que saem de seu país e desestabilizam o Líbano", acrescentou.
(Globo Online,
Ambiente Brasil, 21/12/2007)