O Estado do Rio de Janeiro ganhará, no ano que vem, mais três aterros sanitários: um em Teresópolis, um em Paracambi e outro em Vassouras. Pelo convênio, assinado nesta quinta-feira (20/12) entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e o governo do Estado, os aterros deverão ficar prontos em meados do ano que vem, beneficiando cerca de 600 mil pessoas de 13 municípios fluminenses.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio, atualmente, o Estado conta apenas com cinco aterros e 80 lixões. No aterro sanitário, o resíduo é tratado, ao contrário dos lixões onde eles permanecem a céu aberto, atraindo ratos e provocando a contaminação do lençol freático (de água). De acordo com dados da Funasa, no Brasil apenas 16% do lixo recolhido é tratado em aterros.
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, até 2010, deverão ser investidos R$ 60 milhões na construção de 18 aterros sanitários no estado, beneficiando 80 municípios fluminenses. Desse valor, R$ 40 milhões virão da Funasa e R$ 20 milhões do estado do Rio.
O coordenador regional da Funasa no Rio, Marcos Muffareg, enfatizou que os aterros são "essenciais" para o combate à dengue. "O maior foco de proliferação do mosquito da dengue é no lixo que fica ao redor dos domicílios", disse.
O Ministério do Meio Ambiente também assinou hoje um convênio com o governo do Rio para a chamada gestão integrada de resíduos sólidos, liberando R$ 1,5 milhão. Segundo a ministra Marina Silva, o objetivo é "possibilitar um trabalho em conjunto entre as esferas de poder, evitando que os aterros sanitários que serão construídos acabem se transformando em verdadeiros lixões", disse.
(Por Aline Beckstein, Agência Brasil, 20/12/2007)