Mais de 200 pessoas realizaram ato público em Porto Alegre ontem em protesto à continuidade das obras de transposição das águas do Rio São Francisco. No saguão do Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e militantes do PSol e do PV manifestaram o descontentamento com o governo federal. A ação pública encerrou o jejum de 48 horas feito por ecossocialistas gaúchos em solidariedade a dom Luiz Cappio. O ato não alcançou, porém, os resultados esperados, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o projeto não deve ser paralisado.
Integrante do Movimento de Ecossocialistas do PSOL, a jornalista e historiadora Carla Ferreira diz que o projeto é vendido como solução para a sede do nordestino. 'Porém, 96% das águas a serem transpostas serão destinadas aos mais ricos exportadores e industriais.'
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Correio do Povo, 20/12/2007)