O Brasil pretende intensificar as negociações com o Japão para exportação de álcool, e vê o país como um dos potenciais importadores do combustível. A informação é do gerente executivo de Energias Renováveis da Petrobras, Mozart Schimidt de Queiroz. Segundo ele, já existe no Japão lei autorizando a mistura de 3% de álcool à gasolina, mas o país ainda tem dificuldade de produzir o combustível devido à falta de matéria-prima.
Queiroz informou que neste ano o Brasil já conseguiu fazer algumas remessas de álcool para países latino-americanos, mas que os mercados da Europa e Estados Unidos permanecem bem fechados ao combustível vindo do Brasil.
"São países que falam muito em liberalização de comércio, mas mantêm o protecionismo, impondo fortes barreiras", disse ele. "Os Estados Unidos já vêm utilizando bastante o álcool, mas produzido no próprio país, a partir do milho, apesar de sair mais caro", complementou.
De acordo com Queiroz, o Brasil também está investindo em infra-estrutura, e já há estudos para a construção de "alcooldutos" que levariam o produto das regiões produtoras até as portuárias. "Isso facilitaria o escoamento e serviria para garantir a competitividade brasileira na exportação de álcool", afirmou.
(Por Aline Beckstein, Agência Brasil, 19/12/2007)