O superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Cláudio Rodrigues, garantiu nesta quarta-feira (19/12) que até o fim do ano a distribuição de tecnécio, material radiotivo utilizado em exames médicos, estará normalizada.
"Nós vamos chegar ao fim de dezembro produzindo normalmente geradores de tecnécio para todas as clínicas e hospitais desse país," afirmou o superintendente.
No ínico de dezembro houve uma redução no número de cintilografias (exame que permite o diagnóstico do câncer, problemas renais e cardíacos) por falta de tecnécio. Isso aconteceu por causa de problemas com a empresa canadense fornecedora de molibidênio, matéria-prima necessária para a produção do material radioativo.
A empresa canadense teve de interromper a produção em virtude de exigências da Comissão de Segurança Nuclear do Canadá. E, segundo o superitendente do Ipen, não havia outra companhia no mercado mundial capaz de fornecer a matéria-prima para o Brasil.
Para Rodrigues, os problemas já foram superados e o fornecimento do material para o país está sendo normalizado.
De acordo com o representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Odair Dias Gonçalves, o Brasil não possui condições de fabricar o molibidênio, pelo alto custo e por questões de segurança nuclear internacional.
Os esclarecimentos foram feitos nesta quarta-feira (19/12) em audiência pública na Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde do Senado, que tinha como objetivo discutir a falta de tecnécio nas clinícas e hospitais brasileiros.
(Por Daniel Mello, Agência Brasil, 19/12/2007)