Sem obter as respostas que esperam há três anos, quando ouviram os primeiros rumores sobre a barragem, os moradores afetados pela futura represa e que lotaram o salão nobre da prefeitura ontem à tarde saíram da apresentação frustrados.
- Não viemos aqui para participar do evento. Estão fazendo terrorismo com a gente, sem nos esclarecer as coisas. Invadem nossa propriedade sem sequer nos dar um aviso formal - reclamou o comerciante Carlos Michelin, proprietário de uma área de oito hectares.
As principais dúvidas dos moradores da região são sobre desapropriações, valores de suas terras e se terão, de fato, que deixar suas propriedades. Muitos diziam, inclusive, que a desinformação fazia com que não pudessem decidir sobre reformas ou início de plantações.
O diretor do Samae, Marcus Vinícius Caberlon, informou ter o primeiro contato com o relatório durante a apresentação e que reuniões com os moradores serão agendadas a partir de janeiro.
- Não fazemos nada escondido. Eu mesmo estive lá mais de uma vez. Agora eu tenho em mãos o cadastramento dessas famílias. Vamos estudar o relatório e tomar as próximas decisões - planejou.
Uma comissão de avaliação de patrimônio será formada para estabelecer os valores dos lotes que serão utilizados na barragem.
(Clicrbs, 19/12/2007)