Um estudo que deve estar pronto no primeiro trimestre de 2008 será a principal arma do Rio Grande do Sul na disputa pelo terceiro terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL). Duas unidades foram confirmadas pela Petrobras, uma em Pecém (CE), e outra no Rio. A munição será a perspectiva de maior integração energética do Cone Sul. Outra hipótese, menos desenvolvida, seria situar a regaseificação em Tramandaí.
- Não tá morto quem peleia - brincou o presidente da Sulgás, Artur Lorentz, sobre a disputa em que São Francisco do Sul (SC) saiu na frente.
Lorentz reconhece a vantagem dos catarinenses, mas confia que a abrangência geográfica da alternativa gaúcha, associada à crise de energia nos países vizinhos, pode reverter o jogo.
Caso fosse instalado em Rio Grande, o terminal exigiria dois gasodutos complementares. Combinadas, as obras chegariam a US$ 1 bilhão. Embora mais barato, o terminal em São Francisco do Sul exigiria a ampliação do Trecho Sul do gasoduto Brasil-Bolívia.
Nesse caso, seguiria pendente o abastecimento da AES Uruguaiana, que em meados de novembro voltou a operar parcialmente, depois da suspensão de fornecimento de gás argentino motivada pela crise de energia no país vizinho. Além das constantes interrupções durante o inverno, há expectativa de problemas também no verão, que tem previsão de pouca chuva no sul do continente.
(Zero Hora, 19/12/2007)