Trabalho é para reprimir as invasões na reserva tembé do Alto Rio Guamá. Solicitada pelo MPF, a ação reúne Funai, Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Exército e Polícia FederalOperação realizada na Terra Indígena Alto Rio Guamá, dos índios tembé, no nordeste do Pará, flagrou madeireiros retirando ilegamente madeira da reserva, na região entre os rios Coraci-Paraná e Gurupi. 12 foram presos e estão sendo trazidos para Belém, para a carceragem da Polícia Federal. Além dos presos, foram detidas para averiguação outras 22 pessoas, liberadas logo depois, e apreendidos 14 caminhões e quatro tratores.
Os presos são considerados ladrões de madeira, já que pela legislação brasileira a extração madeireira em área indígena é criminosa. Eles foram autuados e multados pelo Ibama, devem responder a inquérito na Polícia Federal e a processo por crime ambiental e furto de madeira, o que pode lhes condenar a mais de oito anos de prisão.
O Ministério Público Federal (MPF), que coordena o trabalho de repressão a crimes ambientais na reserva Alto Rio Guamá, vai pedir à Justiça o repasse dos bens apreendidos aos índios e à Fundação Nacional do Índio (Funai).
A operação na terra indígena foi planejada durante quatro meses no MPF, com a participação decisiva dos índios tembé, que forneceram informações para a localização dos ladrões de madeira e de outros invasores da reserva. A Funai coordena, no local, o trabalho de mais de 50 homens do Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Exército e Polícia Federal. A operação não tem data para terminar.
(Por Helena Palmquist,
Procuradoria Geral da República do Pará, 14/12/2007)