O inquérito que apura suposta fraude em avais concedidos em nome da Companhia de Geração Térmica e Energia Elétrica (CGTEE) em favor de empresas privadas do setor de energia será encaminhado hoje à Justiça Federal. Ainda ontem, o chefe do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal, delegado Alexandre Isbarrola, trabalhava na finalização do procedimento. Oito pessoas foram indiciadas por suposto envolvimento no esquema, sendo que sete haviam sido presas na Operação Curto-Circuito em 21 de novembro.
Os indiciamentos são motivados por falsificação, documento falsificado, estelionato, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência, formação de quadrilha e falsificação de declarações para respaldar operações de câmbio. Cinco pessoas já receberam habeas corpus, mas foi negada liberdade ao ex-presidente da CGTEE Júlio César Azevedo Magalhães e ao assessor Filipe Parisotto. Quanto a Magalhães, foi determinada prisão domiciliar até que ele seja reconduzido a uma cela com condições de encarceramento especial, segundo determina o Estatuto da OAB.
Os agentes tinham indícios de falsificação em 12 contratos de financiamento entre 2005 e 2006, nos quais a CGTEE constava como avalista de empréstimos internacionais no valor de 168 milhões de euros.
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Correio do Povo, 18/12/2007)