Atos de solidariedade aconteceram no AM e no RS, entre outros EstadosDe Norte a Sul do País pipocam movimentos de solidariedade a d. Luiz Flávio Cappio. Militantes de movimentos ambientais e religiosos participam de protestos e cumprem jejuns simbólicos para solidarizar-se com o bispo de Barra (BA). Em Manaus, 18 pessoas mantiveram jejum durante todo o dia de ontem, na Igreja de São Sebastião, enquanto religiosos franciscanos e da Caritas e jovens da Renovação Carismática da Igreja Católica oravam no templo, desde as 7h30.
Em Porto Alegre, 7 pessoas iniciaram ontem um jejum de 48 horas no saguão do Tribunal de Justiça do Estado, em solidariedade a d. Luiz. O grupo tem representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Caritas, Comissão Pastoral da Terra (CPT), estudantes e ecologistas. Durante a manifestação, pessoas que transitavam no local eram convocadas a subscrever mensagens de apoio ao bispo. A greve de fome irá até o meio-dia de amanhã.
No Rio, militantes fizeram durante todo o dia vigília em solidariedade à greve de fome de d. Luiz, em frente à Igreja da Candelária, no centro. Um grupo de 20 pessoas participou da vigília e pelo menos 2 pessoas cumpriram jejum que durou todo o dia - a pastora metodista Nancy Cardoso e o assessor parlamentar Roberto Moraes. A vigília reuniu militantes do MST, da Conlutas e do PSOL.
Em Brasília, pessoas ligadas a movimentos como a Via Campesina e Centro de Estudos Bíblicos fizeram jejum em solidariedade ao bispo na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. À tarde, 11 militantes de movimentos sociais cobravam do governo que negociasse para salvar d. Luiz.
FRENTE
A Frente Cearense contra a Transposição do Rio São Francisco comandou em todo o Ceará um dia de vigília e jejum em apoio a d. Luiz. Em Fortaleza, 5 pessoas começaram um jejum de 24 horas, na praça da Igreja de Nossa Senhora das Dores. A vigília cearense se estende às cidades de Crateús, Crato, Sobral, Limoeiro do Norte, Tianguá, Iguatu e Itapipoca.
Em Salvador, 500 militantes de movimentos sociais e religiosos entregaram uma carta de apoio a d. Luiz e de repúdio à transposição ao governador Jaques Wagner (PT). Na Praça do Campo Grande seguia a vigília de apoio a d. Luiz. Simpatizantes da causa recolheram assinaturas num abaixo-assinado de solidariedade ao bispo.
Em Palmeira dos Índios (AL), a 170 quilômetros de Maceió, movimentos religiosos e de quilombolas participaram de um ato contra a transposição do Rio São Francisco, organizado pela Caritas Diocesana local.
Em Florianópolis, 20 pessoas jejuaram na Catedral Metropolitana, das 8 às 18 horas, em homenagem a d. Luiz. Instituições e entidades como a CPT, o Cimi, o MST e o Grupo de Ação Social Arquidiocesana de Florianópolis apoiaram a manifestação.
Em João Pessoa, entidades católicas promoveram um ato de solidariedade ao bispo de Barra. A manifestação reuniu padres, freiras, teólogos, missionários, sindicalistas, estudantes e agricultores vinculados a 20 entidades que são contra a transposição.
(Liege Albuquerque, Elder Ogliari, Clarissa Thomé, Leonencio Nossa, Tiago Décimo, Ricardo Rodrigues, Adelson Santos, Lauriberto Braga e Rafael Carvalho,
O Estado de São Paulo, 18/12/2007)