A queima de lixo nas residências e terrenos baldios será combatida pela Prefeitura de Boa Vista. Trata-se da Operação Fogo Zero, que lembra as pessoas que a queima de lixo e a queimada em terrenos abandonados são crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98).
A operação vai ser coordenada pela Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas com a parceria do Corpo de Bombeiros, Delegacia do Meio Ambiente e demais secretarias municipais. A ação acontece durante todo o verão.
Para facilitar as denúncias os telefones 156 da Central de Atendimento da Prefeitura de Boa Vista e 193 do Corpo de Bombeiros estarão integrados para atender as ocorrências. Aos sábados e domingos o telefone disponível para atender as chamadas é o 153, da Guarda Municipal.
A prefeitura vai manter a fiscalização 24 horas por dia, com um fiscal junto ao Corpo de Bombeiros para autuar os reincidentes.
Queimar lixo pode resultar em multas que variam de R$ 1 mil a R$ 50 milhões. A fumaça das queimadas favorece o aparecimento de doenças respiratórias e contribui para o aquecimento do planeta, além de ser um incômodo para os vizinhos.
Conforme explicou a secretária de Gestão Ambiental, Luciana Surita, este é o segundo tipo de crime ambiental mais praticado em Boa Vista, perdendo apenas para a poluição sonora. "A ação vai antecipar a atuação da prefeitura para combater esta prática, que aumenta durante o período de verão, portanto o trabalho está sendo feito de forma preventiva", explicou.
CrimeA Lei Municipal Nº 947/07 proíbe a queima e incêndio de qualquer material orgânico ou inorgânico na zona urbana de Boa Vista. A queima de qualquer tipo de material causa poluição do ar e agrava doenças respiratórias e cardíacas, além de contribuir para o aquecimento global.
"Esse é um hábito que tentamos mudar por meio da conscientização das pessoas. Antes de aplicar multa a fiscalização ambiental faz um trabalho educativo. No entanto, não podemos amenizar a pena para os reincidentes, considerando que essa é uma prática que causa sérios danos não apenas ao meio ambiente, mas principalmente à saúde da população", alertou Luciana Surita.
(Por Cyneida Correa,
Folha de Boa Vista, 14/12/2007)