A falta de chuva e o calor, somados à necessidade de geração de energia por parte da Usina Hidrelétrica Itá, fizeram diminuir o nível dos rios na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. A situação teria provocado morte de peixes.
No sábado passado, integrantes da Polícia Ambiental percorreram 15 quilômetros desde a balsa de Marcelino Ramos até as corredeiras do rio Uruguai, mas não encontraram qualquer peixe morto. O técnico ambiental da Prefeitura de Marcelino Ramos, Rodrigo Vecchi, afirmou que muitos peixes mortos teriam sido recolhidos por equipes do consórcio que administra a barragem de Itá, antes da chegada da Polícia Ambiental.
O gerente-geral das usinas hidrelétricas do complexo Itá e Machadinho, Elinton Chiaradia, confirmou a formação de pequenas lagoas em alguns afluentes do rio Uruguai. Explicou que desde sexta-feira passada, 14 equipes percorrem os rios que apresentam a redução no nível das águas, recolhendo os peixes, que são transportados e soltos no lago principal da barragem. Chiaradia assegurou que a empresa não recolhe peixes mortos. Ontem, o nível do lago de Itá estava 5,25 metros abaixo do normal, mas ainda dentro da cota normal para operar, que é 6 metros abaixo do normal.
(Correio do Povo, 18/12/2007)