Diretores da Stora Enso estavam comemorando sexta-feira (14/12) a remessa dos dois primeiros processos de compra de terras que precisam ser submetidos ao Conselho de Defesa Nacional, por estarem a menos de 150 metros da fronteira com o Uruguai. Os processos tramitavam desde 2005 no Incra. Correspondem a terras adquiridas pela empresa sueco-finlandesa na região de São Gabriel e Rosário do Sul.

Há outros 30 processos semelhantes da empresa já encaminhados ao Incra. São exigidos 16 documentos, a começar por uma "cadeia dominial", que identifica os sucessivos proprietários da terra desde 1850, quando foram regularizadas todas as propriedades no Brasil.

Por enquanto uma empresa provisória, a Azenglever Agropecuária, formada por diretores brasileiros da Stora Enso, está comprando as terras. No contrato social consta que ela tem função temporária. Para que as propriedades possam ser transferidas para a multinacional, a Lei de Segurança Nacional, do tempo da ditadura militar, exige aprovação do Conselho de Defesa Nacional.

(Ambiente JA, 15/12/2007)