A Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde do Senado, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), realizará na próxima quarta-feira (19/12), a partir das 9h, um debate sobre a carência no país de um material radioativo, importado do Canadá, necessário para diagnosticar várias doenças, inclusive o câncer.
De acordo com informações divulgadas pela imprensa, na última semana, as clínicas e os hospitais brasileiros tiveram que reduzir pela metade o número de cintilografias, que permitem o diagnóstico do câncer, problemas renais e cardíacos, devido a redução no fornecimento do tecnécio-99m. O material radioativo é fornecido pela empresa canadense MDS Nordion, a maior produtora mundial.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a falta da substância ocorre porque a National Research Universal, em Ontário (Canadá) - que produz esse material para a MDS Nordion - parou seu reator para manutenção. A previsão de retorno é para meados de janeiro.
Na última semana, em Plenário, o senador Flávio Arns (PT-PR) alertou para a dificuldade enfrentada pelo Brasil na aquisição do material.
- Há um problema no Canadá e milhares de pacientes brasileiros tem que enfrentar graves dificuldades. É inacreditável que neste estágio de tecnologia o Brasil tenha que se submeter a um único fornecedor internacional - protestou ele.
Serão ouvidos na audiência o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Cláudio Rodrigues, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Odair Dias Gonçalves, e o diretor-executivo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Incor), David Uip.
A reunião será realizada na sala 9 da ala Alexandre Costa do Senado Federal.
(Por Raíssa Abreu, Agência Senado, 14/12/2007)